Você já conseguiu ter 100% de sucesso com suas primeiras escolhas em todas as áreas de sua vida?

Veja como nossa vida é uma sucessão de escolhas e decisões. De manhã você decide acordar em determinado horário para ter tempo para se organizar e ir trabalhar. Você precisa escolher qual roupa irá usar, o que deseja de café da manhã, qual caminho vai seguir para chegar até a empresa, aonde vai estacionar ou que linha de ônibus/metro escolher.

A lista poderia ser enorme, somos bombardeados de decisões a todo o momento. Até mesmo de ler ou não este artigo. Você já tomou mais uma decisão!

Pesquisando sobre a palavra decisão levantei em alguns lugares o seu significado. O ato de decidir vem do latim decidere, “de” significa “fora” e o próximo radical era inicialmente “CAEDERE” traduzido como “cortar”. Assim podemos dizer que decidir significa cortar (fora) uma das possibilidades.

Na verdade, sempre desejamos poder acertar as coisas logo na primeira tentativa, como sendo a escolha perfeita, mas nem sempre isso acontece. Quanto mais complexa a decisão, mais sentimos o peso de escolher, de não poder abraçar o mundo e ter mais de uma possibilidade e sentimos o peso da responsabilidade e as consequências das decisões.

Mas será que isso é realmente assim? Quem disse que o mundo é binário, formado apenas de zeros e uns (0 e 1), que ou você tem ou você não tem, que você faz apenas isso ou aquilo?

Perceba alguns exemplos de decisões complexas pelas quais você talvez já tenha passado:

  • Escolher sua carreira: quantas pessoas de verdade conseguem aos 16 – 17 anos tomar a decisão correta do que desejam ser e o que desejam fazer para o “resto” de suas vidas. É uma grande pressão por decidir o que fazer e sair dos tempos de estudos para os tempos modernos de estudos e trabalho simultaneamente.
  • Começar um negócio próprio: o Brasil é um país altamente empreendedor, onde pessoas sonham em ter um negócio próprio, serem (micro) empreendedores, mas não se planejam e/ou capacitam o suficiente para terem uma empresa e viver a vida dos sonhos. Nem tudo são louros…
  • Aceitar uma mudança de emprego: Quem pode garantir que ao ingressar em uma empresa você vai corresponder e conseguir seguir carreira ou mesmo que a empresa não passe por momentos difíceis e você seja dispensado?
  • Fazer o financiamento de um carro ou aparamento: Qual o seu poder de escolha e de poder correr riscos (calculados) de longo prazo? Você estará mais disposto a viver a vida com dívidas de longo prazo?

Analisando mais profundamente, será que tomar decisões erradas pode ser justamente o caminho para estar fazendo algo correto?

Uma coisa que não podemos confundir aqui é justamente isso. O que é a primeira escolha e qual é a escolha ideal? Essa é uma conclusão que você precisa analisar profundamente…

 

Se podemos extrair aprendizado de tudo, ou seja, de tudo o que é bom e ruim, quais lições podemos aprender com os erros?

 

1. Quando erramos, podemos tirar aprendizados da situação

Por mais difícil que parece, tudo, mas literalmente tudo (bom ou ruim) nos apresenta uma lição positiva, cabe a nós perceber e responder. Se você observar as suas escolhas do passado, existem algumas que você gostaria de fazer diferente se você soubesse o que sabe hoje? Ou manteria as escolhas? Se você está concordando com tudo que fez e acha que as suas primeiras escolhas foram sempre as ideais, será que você está seguindo um caminho confortável ou está se desafiando a sair da zona de conforto?

 

2. Não tome grandes decisões por impulso

Se você precisar decidir algo grande e faz apenas usando emoções, você tende a tomar a decisão errada. Perceba que, às vezes, uma decisão por impulso pode realmente ser boa e coerente, mas em grandes decisões, busque analisar os fatores positivos e negativos, quais os riscos envolvidos, quem será impactado pelas suas decisões. Em alguns países as pessoas optam por elas e depois verificam com o resto da família ou pessoas de convívio como uma formalidade. Nós brasileiros apresentamos outras características de decisão.

 

3. O momento certo de confiar em si mesmo

Quanto mais experiência você acumula na sua vida, alguns dizem, quanto mais erros você cometer e decisões consideradas erradas tomar, mais “bagagem” terá em assuntos complexos. Tudo veio de uma base de experimentação prévia. Quando você chega neste estágio surge o famoso feeling, ou seja, a percepção intuitiva de como decidir.

 

4. Erros acontecem

Simples assim. Aceite! Uma hora você vai errar! O que você vai fazer com isso é que importa de verdade! Mesmo que você saiba que algo pode dar errado, não significa que você não deva tentar e se arriscar de vez em quando, justamente no momento em que você acredita estar certo e preparado. Entenda o seguinte: Errar é o preço que você irá pagar se você quiser estar certo!

 

5. Você subestima as coisas

Muitos erros acontecem quando tentamos “abraçar o mundo”. Pensamos que conseguimos fazer muito mais coisas do que realmente somos capazes e não paramos para analisar tudo o que deve ser feito. Uma coisa é certa. Estes erros nos ajudam a melhorar ainda mais as coisas e nos ajuda a aprender como dimensionar melhor tempos, prazos, atividades e até na delegação de tarefas!

 

Por fim, os erros nos ajudam a sermos melhores. O importante é lembrarmos de que a primeira escolha é diferente da escolha ideal e mesmo a escolha ideal não necessariamente é a certa ou a escolha perfeita.

Como seres humanos mudamos de opinião, evoluímos e fazemos novas escolhas. Cada escolha não é uma renúncia, mas sim, uma nova oportunidade que está surgindo!

E se você percebe que você comete os mesmos erros sucessivamente, então é o momento de analisar o que você ainda não aprendeu. Erre uma vez e aprenda o que fazer para não cometer o mesmo erro novamente. Mesmo no impulso!

Você vai encontrar o seu processo de decisão! Quer saber como? DECIDA!

 

Um forte abraço!

Ricardo